O Cemicamp desenvolve, assessora pesquisas e realiza intervenções nas áreas de saúde e direitos sexuais e reprodutivos:

Nesta linha, são desenvolvidas avaliações de programas nas áreas de educação sexual e de saúde sexual e reprodutiva nos sistemas educacionais e de saúde. Engloba a elaboração de desenhos de avaliação, o desenvolvimento de modelos conceituais de implementação e de resultados de programas, o desenvolvimento de indicadores de instrumentos, a execução, o processamento e a análise de dados, bem como análises sobre formas alternativas e eficazes de melhoria da estrutura organizacional e da implementação de programas. Nesses processos, são utilizadas metodologias quantitativa e/ou qualitativa de investigação.

A necessidade de obedecer a certas normas éticas na prática médica e na pesquisa com seres humanos é um conceito relativamente novo que se incorpora muito vagarosamente na conduta de profissionais da saúde e dos pesquisadores. Através desta linha, estudam-se questões éticas envolvidas em pesquisas com seres humanos, avaliam-se o conhecimento e a opinião de pesquisadores sobre as diversas resoluções – brasileiras e estrangeiras– que regem os estudos com seres humanos e a aplicação das resoluções pelos pesquisadores. Ela também engloba o conhecimento da experiência de pessoas que têm participado de um estudo como sujeitos.

Aborda-se o desempenho dos métodos anticoncepcionais, os efeitos colaterais e aspectos sociais e psicológicos que determinaram seu uso, aceitação ou rejeição, além dos fatores relacionados à escolha de um método a ser usado. Também, são estudados aspectos epidemiológicos da infertilidade como motivos de arrependimento quanto à ligadura tubária, aspectos médicos, sociais e psicológicos relativos a casais estéreis.

O surgimento da infecção pelo HIV e a melhor compreensão da associação entre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e diversas complicações de doenças femininas, incluindo câncer de colo, despertaram novo interesse pelo tema. Com esta linha de pesquisa, pretende-se contribuir para o estudo da infecção pelo HIV, HPV e outras infecções de transmissão sexual e as suas inter-relações com outros aspectos da saúde reprodutiva das mulheres. Abrange estudos laboratoriais, clínicos, epidemiológicos e sociais.

Esta linha abrange estudos sobre alguns aspectos da gravidez, parto e puerpério, de natureza clínica, epidemiológica e social que utilizam tanto métodos quantitativos quanto qualitativos. Inclui temas como mortalidade e morbidade materna e neonatal, aborto provocado, diagnóstico e condutas obstétricas, uso de tecnologia como forma de terminação da gestação (parto vaginal ou cesárea) e aleitamento materno.

Só recentemente a questão da violência relacionada ao gênero começou a ser apreciada como um problema social relevante, tanto pela sua elevada freqüência como pelas suas conseqüências sociais e de saúde. Esta linha de pesquisa pretende investigar a prevalência de violência de gênero física e sexual, seus fatores determinantes e suas conseqüências no Brasil. Ao mesmo tempo, pretende avaliar as relações de poder entre gêneros e sua associação com violência doméstica e sexual.